Por Dra. Jancineide Carvalho
O envelhecimento ocorre de maneira dinâmica com modificações na capacidade homeostática, como alterações de equilíbrio e locomoção, assim aumenta a fragilidade e potencializa a dependência funcional em idosos, com perda de massa muscular e redução na qualidade de vida.
As pesquisas atualmente estão enfatizando a relação do comprometimento da capacidade funcional e a dependia das atividades das vidas diárias –AVDS, A AVD está relacionada com a habilidade do idoso em administrar o ambiente em que vive com autonomia e fisicamente independentes.
O processo de fragilização do idoso torna a condição vulnerável perante a sua fisiologia e possibilita o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis – DCNT , como a diabetes mellitus . O envelhecimento associado a uma doença, como o diabetes mellitus, leva o indivíduo, progressivamente, a comprometer o equilíbrio, marcha e locomoção.
O diabetes mellitus- DM constitui uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da resistência do hormônio exercer suas funções, comprometem de maneira importante a expectativa de vida dos pacientes diabéticos podendo levar ao desenvolvimento de doenças associadas e complicações, como retinopatia, neuropatia periférica, perda de mobilidade articular.
A mobilidade articular é um componente importante como predito do declínio funcional e utilizado como dados nos serviços de saúde como qualidade de saúde, importante lembrar que processo de envelhecimento acontece de forma individual, mais fatores como genética e estilos de vida contribuem de forma significativa na autonomia funcional.
O estilo de vida torna o idoso mais suscetível a doenças como diabetes, que vai interferir e comprometer a sua qualidade de vida. Estudos apontam que a falta de controle do nível glicêmico contribui para a redução da mobilidade funcional.
A Perda de mobilidade funcional em idosos diabéticos são associadas as modificações musculoesqueléticas, que contribuem para a limitação funcional no idoso e aumentar a incidência de queda.
Como problema de saúde do idoso, as quedas, são associadas a maior incidência de fragilização, essa condição repercute na capacidade funcional e leva à perda de sua dependência para realizar as atividades de vidas diárias, assim gerando impactos emocionais e sociais que responde pelo aumento de isolamento e quadro de depressão.
Referências:
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