Por Dra. Carolina Meireles Rosa
A mamografia, um exame que faz parte da rotina de acompanhamento da saúde feminina, pode servir para detectar sinais de doença coronariana, e funcionar como alerta para as mulheres procurarem a ajuda de um especialista. De acordo com estudo publicado no dia 15 na revista científica “Circulation: Cardiovascular Imaging”, da Associação Americana do Coração, calcificações vasculares encontradas na mama estão vinculadas a um risco maior de doença cardiovascular para as que se encontram na pós-menopausa.
As calcificações se caracterizam pelo depósito de partículas de cálcio que se apresentam em formato sólido, em diferentes tamanhos e formas. Na mamografia, aparecem como linhas brancas e geralmente são benignas. Somente quando são irregulares, e de alta densidade, é que existe a possibilidade de haver nódulo ou tumor associado. A calcificação vascular da mama – um acúmulo de sais de cálcio na camada média da parede arterial presente na mama – também costuma ser benigna e aparece com frequência depois dos 40 anos. Entretanto, esse achado está relacionado a um risco 51% maior de desenvolver doença coronariana ou sofrer um acidente vascular cerebral, por se tratar de um marcador de aterosclerose, o enrijecimento das artérias, que leva a seu estreitamento.
Não se trata do primeiro estudo sobre o problema, mas as conclusões ratificam pesquisas anteriores e corroboram a necessidade de que as mulheres sejam acompanhadas por um cardiologista. Apesar de o câncer de mama ser a enfermidade que mais assusta o sexo feminino, são as doenças cardiovasculares que matam mais. Adotar um estilo de vida saudável é a melhor arma para a prevenção.
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Autoria do artigo: Mariza Tavares.
Autoria da imagem: INCA.