MUNDOS FÍSICO E DIGITAL DEVEM SE FUNDIR NA SAÚDE EM BREVE

Por Dra. Carolina Meireles Rosa

Entre os dias 9 e 12 de novembro, o Global Summit Telemedicine & Digital Health 2021 reuniu especialistas para tratar de um território em franca expansão: a saúde digital. Ninguém mais discute sua validade ou aplicabilidade – essa fase já passou – e sim seu potencial de crescimento. O próximo passo deve ser, inclusive, fazer a medicina embarcar no metaverso, termo que se refere ao mundo virtual que replica a realidade. Como uma expressão de nerds e redes sociais está prestes a envolver os pacientes?

Eduardo Cordioli, gerente médico de telemedicina do Hospital Israelita Albert Einstein, usa a teoria dos conjuntos para traçar o cenário dos próximos anos: “antes se imaginava que havia apenas uma área de interseção entre a saúde digital e a presencial, mas agora está claro que há uma união entre esses dois conjuntos, com experiências integradas”. Trocando em miúdos, o mundo físico e o digital caminham para ser uma coisa só. Uma sólida base de informações on-line poderá tornar o atendimento mais ágil e eficiente, como o monitoramento de portadores de diabetes e hipertensão, capaz de reduzir custos e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Imagine chatbots reconhecendo alterações na voz que indiquem a presença de uma enfermidade – é mais ou menos esse o caminho que temos pela frente.

Renata Albaladejo, coordenadora de operações da telemedicina do Einstein, enfatizou sua utilização para superar os “vazios demográficos” de especialistas, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil: “há uma necessidade urgente de qualificar a rede e o atendimento, por isso criamos o ambulatório digital de especialidades médicas”. Desde 2014, a instituição realizou 110 mil teleinterconsultas, nas quais os profissionais discutem o caso on-line, com interações em tempo real, enquanto o paciente é examinado.

Ao falar sobre tendências e oportunidades no setor, o médico David Rhew, professor da Universidade de Stanford e vice-presidente de cuidados da saúde da Microsoft, disse que assistimos ao empoderamento do consumidor de saúde, que terá acesso e controle dos seus dados, e à migração das informações para prontuários eletrônicos: “o cuidado virtual é uma ferramenta valiosa para que o atendimento não se limite a eventos agudos e pontuais, em clínicas e hospitais. O cuidado será contínuo e no dia a dia da comunidade”.

Ele anunciou uma parceria entre a Microsoft e a Nuance para a criação de um aplicativo que registra a conversa do médico com o paciente e a transforma num documento com todas as informações relevantes da consulta. Não se trata de uma mera gravação: a partir da base de dados que dispõe sobre a especialidade, a inteligência artificial processa a linguagem natural e organiza o relatório como o profissional de saúde faria com suas anotações.

Autoria: Mariza Tavares

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