Por Dra. Carolina Meireles Rosa
O uso indiscriminado de chás e ervas aumentam as chances de problemas hepáticos graves, segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia.
Em relação à insuficiência hepática aguda, 26% dos casos no país são provocados por DILI, conhecida como Drug Induced Liver Injury, que são decorrentes do uso excessivo de medicamentos ou suplementos. Já 34% dos pacientes desenvolvem problemas por HILI, ou Herbal Induced Liver Injury, que são decorrentes do consumo de ervas de forma exacerbada ou sem prescrição médica.
O hepatologista Raimundo Paraná, membro da Sociedade Brasileira de Hepatologia, tem feito pesquisas sobre hepatotoxicidade. Ele ressalta que, desde o início da humanidade, os chás e ervas sempre foram muitos usados. Ele relembra que na década de 70 já se falava sobre toxicidade por causa de chás e esse uso vem aumentando ao longo dos anos.
Segundo ele, muitos prometem efeitos como emagrecimento rápido ou a solução de alguma doença, mas, na verdade, acabam provocando doenças hepáticas graves.
“Hoje já se estuda mais o tema, mas muitas pessoas usam esses chás indiscriminadamente. Na década de 70, na Bahia, houve um surto de uma doença hepática grave chamada de doença veno-oclusiva do fígado pelo chá da erva Maria Preta. Depois tivemos em outros estados outro surto associado ao chá de Confrei. Depois tivemos na Amazônia pela Sacaca”, explicou.
O médico ressalta que a divulgação de informações inverídicas divulgadas em redes sociais tem contribuído para o aumento dos casos e o retorno do uso de algumas substâncias.
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Autoria do texto: Bruna Carvalho
Autoria da imagem: Brasil Escola